“E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.” (Mateus 25:11-12)
A realidade do arrebatamento da Igreja é um fato de grande alegria para os fiéis e de pavor para os descompromissados.
- Apresentar a cultura do casamento judaico.
- Diferenciar as virgens loucas das virgens prudentes.
- Destacar a prudência na espera da volta do Noivo.
Segunda-Feira | Mateus 25:13 | Vigiai
Terça-Feira | Lucas 12:40 | O Filho do homem
Quarta-Feira | Tiago 5:7 | Aguardando-O com paciência
Quinta-Feira | 1 João 2:28 | Permanece Nele
Sexta-Feira | 2 Coríntios 11:2 | Tem zelo por nós
Sábado | João 14:28 | Ele virá
469 e 525
Ore para que não estejamos despreparados na volta do Noivo.
Introdução
1. Interpretação da Parábola
2. As Virgens
3. Prudência
4. Arrebatamento
Conclusão
1- Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2- E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
3- As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4- Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5- E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
6- Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
7- Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
8- E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
9- Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
10- E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11- E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
12- E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
13- Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
O pano de fundo da Parábola das Dez Virgens é a comparação do Reino dos Céus com uma festa de casamento. Jesus estava assentado no Monte das Oliveiras, Ele conversava com seus discípulos sobre os últimos acontecimentos e a Sua segunda vinda.
É uma das parábolas de Jesus mais conhecidas pelos cristãos, e encontra-se exclusivamente no Evangelho de Mateus.
Na parábola identificamos uma analogia implícita de exemplos contrastantes, isso quer dizer que ela compara a nossa prontidão em participarmos da celebração de um casamento à prontidão de participarmos do Reino de Deus.
Se as dez virgens representam a Igreja à espera do retorno de seu Senhor, está implícito que existem pessoas que estão preparadas e as que não estão. Podemos entender que esta parábola nos leva a uma continuação sobre as verdades do Dia do Juízo de Deus, da separação entre os bons e os maus, dos cristãos verdadeiros e dos hipócritas.
Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico, e este se dava normalmente através de três estágios. Primeiro, um compromisso: basicamente um contrato formal entre pais da noiva e do noivo. Segundo, o noivado: consistia em uma cerimônia, quando promessas mútuas eram feitas diante de testemunhas e havia também a entrega de presentes. Terceiro, o casamento: quando o noivo, acompanhado dos seus amigos, buscava a noiva na casa de seu pai e a levava em cortejo.
A noiva, por sua vez, o esperava com suas damas de honra (as virgens), que, ao serem avisadas da chegada do noivo, deviam sair com suas lâmpadas para iluminar o caminho.
Acredita-se que haviam dez damas, pelo fato das formalidades judaicas serem realizadas com o comparecimento de um mínimo de dez pessoas. Outro fato que merece destaque é que as dez eram virgens.
Desde os tempos antigos, a virgindade é relacionada à religiosidade e ao sagrado. Paulo, ao escrever para a Igreja em Corinto, faz uma alusão utilizando nesse sentido o termo virgindade: “Tenho-vos preparado, para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Coríntios 11:2).
Todas estavam dormindo e foram despertadas pelo grito: “Aí vem o noivo”. Nesse momento, observamos que elas eram idênticas nas coisas externas, porém eram diferentes numa característica interna: o azeite.
Essas virgens confiaram que tudo estava pronto, não vigiaram suas lâmpadas, não conferiram a provisão do azeite. Não bastava ser virgem, era preciso ter o azeite. Considerando que a virgindade se refere à religiosidade, claramente podemos perceber então que tal religiosidade não poderá salvar ninguém.
Estas esperavam com provisão, tiveram uma preparação adequada. Sabiam como deveriam ficar à espera do noivo, não foram pegas desprovidas. Quando guardamos em nosso coração a Palavra de Deus, nossas lâmpadas sempre estarão acesas (Salmos 119:105) e prontas para chegada do Salvador. Lâmpadas não possuem nenhuma utilidade quando desprovidas de azeite.
“Prudência” aqui significa compreendermos a perspectiva escatológica do ensino de Jesus e conduzirmos nosso tempo aqui nesse mundo, levando em consideração a expectativa da justiça futura e o pleno estabelecimento do Reino de Deus.
Ao desenvolvermos uma vigilância prudente, estaremos preparados para uma espera, mesmo que longa. A espera pela volta de Cristo separa os prudentes dos loucos, os sábios dos tolos.
O azeite que nos capacita é o Espírito Santo. Através de Sua presença nos tornamos sábios, prudentes e vigilantes. Spurgeon disse corretamente que: é a falta do óleo da graça, a falha fatal na lâmpada de muitos que professam ser cristãos. Isso quer dizer que muitos dizem seguir Cristo, mas muitos não têm o suprimento interior para manter suas lâmpadas acesas.
Jesus nos fez muitas promessas, dentre elas que Ele viria nos buscar (João 14:13). Estamos falando do arrebatamento da Igreja. O significado de “arrebatamento” é: retirado com força. Esse termo aparece em 1 Tessalonicenses, falando sobre o momento em que a Igreja será resgatada por Jesus (1 Tessalonicenses 4:16-17).
Jesus virá secretamente. A Bíblia diz que acontecerá repentinamente. “Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16), e juntos com os vivos transformados serão trasladados para o Céu por Jesus. O arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).
Jesus retorna com a Igreja glorificada e será visível a todos. Derrotará o anticristo, destruirá o mal e estabelecerá o Seu Reno (Apocalipse 19:11-16).
A nível de esclarecimento, essa linha de interpretação defende que a Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação (Apocalipse 3:10). Biblicamente, o ponto de vista pré-tribulacional tem muito a seu favor. Por exemplo: a Igreja não é designada à ira (1 Tessalonicenses 1:9-10; 5:9), vemos também que a Igreja de Filadélfia recebeu a promessa de ser guardada da “hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro” (Apocalipse 3:10).
Devemos levar uma vida de maneira condizente com o caráter do Reino e ser fiel em todos os momentos.
Não é necessário dar um significado para cada detalhe da parábola, a ponto de interpretá-la de forma confusa. O ponto central dessa narrativa é estar preparado para a Vinda do Noivo.
Entendamos que somos a Noiva e precisamos nos comportar como Noiva consagrada, separada, comprada por alto preço. Estejamos pronto!