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::: Lição 09 - Dia 02 de Junho de 2024 ::: Comentarista: Missª Françoise Bernardo França Guimarães :::

O Verdadeiro Sim para Deus

Texto Áureo

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” (Tiago 1:22)

Verdade Prática

A execução de atos religiosos vazios não nos vincula ao caminho da justiça, não leva à salvação.

Objetivos da Lição

- Falar sobre quem são os dois filhos.

- Evidenciar a importância de cumprirmos a vontade do Pai.

- Mostrar o poder da obediência.

Leitura Semanal

Segunda-Feira | 1 João 3:18 | De fato e de verdade.

Terça-Feira | 1 Pedro 2:1 | Livre-se dessas coisas.

Quarta-Feira | Filipenses 2:3 | Egoísmo e vaidade.

Quinta-Feira | 1 Timóteo 4:12 | Seja exemplo.

Sexta-Feira | Efésios 4:25 | Abandone a mentira.

Sábado | Tiago 1:22 | Praticantes da Palavra.

Hinos Sugeridos

145 e 125

Motivo de Oração

Ore para que não estejamos presos nessa vida e insensíveis a voz do Espírito Santo.

Esquema da Lição

Introdução

1. Interpretação da Parábola

2. Contexto

3. Os Dois Filhos

4. Marginalizados na Sociedade

5. Somente Palavras

6. Um Chamado à Verdadeira Conduta

Conclusão

Leitura Bíblica em Classe

Mateus 21:28-32

28- Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

29- Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

30- E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

31- Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.

32- Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

Introdução

Jesus usou a parábola dos “Dois Filhos” para deixar um primordial ensinamento para todos os cristãos. Não obstante, também expor a hipocrisia e a dureza do coração dos fariseus e líderes religiosos. Enfatizando a discrepância entre o dizer e o fazer, Cristo nos apresenta uma conduta aprovável.

1. Interpretação da Parábola

Essa é uma parábola que aparece apenas no Evangelho de Mateus. Podemos defini-la como jurídica. Isso quer dizer que ela se assemelha a atitudes dos antigos profetas quando usavam de alguma ilustração para proferir um juízo de Deus.

Para nosso entendimento hoje, vamos focar na reação contrastante dos dois filhos, pois esses representam dois grupos distintos de pessoas; a saber: um grupo eram os pecadores que aceitaram a mensagem de Jesus e o outro grupo era formado por tradicionalistas religiosos, pessoas de comportamento farisaico.

2. Contexto

Analisando o contexto em que esta parábola foi proferida, teremos um olhar atento para tudo o que ela nos ensina. O capítulo 21 de Mateus vai narrar diversas ações de Jesus, são essas: entrada triunfante em Jerusalém (Mateus 21:9-11), purificação do templo (Mateus 21:12-13), curas no templo (Mateus 21:14-17), episódio da figueira sem fruto (Mateus 21:19), depois Jesus foi questionado sobre sua autoridade pelos doutores da Lei (Mateus 21:23-27).

A obra de Jesus e seu Ministério causava desconforto, incômodo e tensão aos fariseus. A parábola está ligada ao questionamento anterior sobre a autoridade de Jesus. Como não conseguiam condenar Jesus, faziam perguntas como: “Com que autoridade fazes isto?” (Mateus 21:23). Os fariseus, que haviam se mostrado espiritualmente estéreis, estavam determinados a desafiar Jesus.

3. Os Dois Filhos

Notamos que os filhos se encontravam numa posição de rebeldia, a diferença que há entre eles é o fato de um mostrar arrependimento e o outro não.

3.1. O primeiro filho.

O que se recusou rudemente a obedecer ao pai. Este representava os cobradores de impostos, os pecadores e as meretrizes. De uma maneira geral seriam os que não temem a Deus, nem fingem, sabem que são pecadores. Estes, ao ouvirem a pregação de João Batista, mesmo antes tendo resistido à verdade, arrependeram-se, obedeceram e tornaram-se filhos de Deus.

3.2. O segundo filho.

O segundo filho mostra-se aparentemente obediente, mas não tinha intenção de obedecer, sendo, portanto, hipócrita. O irmão dissera “não”, mas em seguida arrependeu-se e foi. Nele, porém, não havia nem sombra de arrependimento, sua intenção de desobedecer foi premeditada.

Atitudes assim, mostram que seu coração era firmado em suas próprias crenças e práticas. Este representa os judeus, os sacerdotes, saduceus, fariseus e escribas que se diziam fiéis ao Deus da Aliança, mas acreditavam ser superiores aos outros. Suas mentes estavam decididas, faziam uso de palavras aduladoras e mentirosas. Trajavam as vestes da religião, mas estavam longe de Deus.

4. Marginalizados da Sociedade

Os publicanos e as prostitutas eram as pessoas mais desprezadas pelos judeus (Mateus 9:11); não faltava para eles uma boa dose de escárnio por parte dos judeus.

No entanto, na narrativa bíblica esses grupos aparecem em muitos textos bastante sensíveis a pregação de Jesus e João Batista (como no relato da parábola). Todavia, o Mestre não aprovava as práticas deles, ao contrário, considerava seus pecados tão abomináveis quanto o pecado dos escribas e fariseus (Mateus 5:46; 18:17).

Porém, Jesus jamais desprezava-os de seu convívio, pelo contrário, se aproximou deles e ficou conhecido como “amigo dos publicanos e pecadores” (Mateus 11:19).

5. Somente Palavras

As palavras e a aparência não revelam quem realmente somos, são as ações que revelam o mais íntimo de nosso ser. Palavras são esquecidas, mas gestos são guardados no coração e na memória. O que conta é a execução verdadeira da vontade do Pai de todo o nosso coração (Mateus 7:20-21).

É uma distorção da mensagem evangélica a separação entre o que cremos em nossos corações e a nossa ação na prática, pois é impossível crermos verdadeiramente e não obedecermos. Precisamos examinar se nossas atitudes refletem o que pregamos. Ninguém pode surpreender Deus. Não podemos enganá-Lo jamais. Ele conhece o nosso coração e julga as nossas intenções.

6. Um Chamado à Verdadeira Conduta

Se tornou comum vermos muitos capazes de sofrer, trabalhar e se sacrificar pela “Obra do Senhor”, porém em seu sofrimento e sacrifício existem ambição e desejo pessoal. O que lhes interessa são recompensas. Isso não é usar e “enganar” Deus?

O Senhor Jesus disse: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E em Teu nome não expulsamos demônios? E em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:21-23). Somente um coração puro e tomado de arrependimento presta a Deus o verdadeiro serviço e a verdadeira adoração.

A parábola é uma denúncia às autoridades religiosas da época que tinham muitos compromissos com o templo e se consideravam grandes obedientes a Deus, mas não mostravam arrependimento, não aceitavam a pregação de João Batista. Palavras e preocupações com a nossa imagem não são suficientes para Deus, o que Ele exige de nós é uma vida obediente.

Sobre a parábola, Snodgrass ainda afirma: “Ela também representa uma afirmação de que o movimento de arrependimento iniciado por João Batista e continuado por Jesus é a Obra de Deus que leva ao Reino”.

Conclusão

Fica muito claro que o que era importante antes e ainda hoje é a obediência e o cumprimento real da vontade de Deus. Não importa um passado pecaminoso, mas sim arrependimento e vida em obediência. Só existem dois filhos. Não há um terceiro filho. Ou somos como o primeiro ou inevitavelmente seremos como o segundo filho.

 

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Landerson Bruno

E-mail: landersonbruno@gmail.com

Macaé - RJ - Brasil