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::: Lição 07 - Dia 19 de Maio de 2024 ::: Comentarista: Missª Françoise Bernardo França Guimarães :::

Alcançando o Perdão

Texto Áureo

“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4:31)

Verdade Prática

Todos nós somos pecadores e todos recebemos de Deus o perdão. Pois agora precisa ser natural que passemos adiante o amor de Deus convertido em misericórdia e perdão ilimitados ao próximo.

Objetivos da Lição

Apontar a importância que Jesus coloca o perdão.

Destacar o motivo principal de estarmos prontos a perdoar.

Revelar o poder do perdão.

Leitura Semanal

Segunda-Feira | Colossenses 3:13 | Perdoai uns aos outros.

Teça-Feira | Mateus 18:22 | Setenta vezes sete.

Quarta-Feira | Mateus 6:14 | Perdoar as ofensas.

Quinta-Feira | Romanos 12:21 | Não te deixe vencer pelo mal.

Sexta-Feira | Efésios 5:1 | Sejamos imitadores.

Sábado | Provérbios 28:13 | Alcançará misericórdia.

Hinos Sugeridos

171 e 33

Motivo de Oração

Ore para que nosso coração esteja pronto a perdoar.

Esquema da Lição

Introdução

1- Interpretação da Parábola

2- Cristo nos perdoou primeiro

3- Perdoar é necessário

Conclusão

Leitura Bíblica em Classe

Mateus 18:21-35

21- Então Pedro, aproximando-se Dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

22- Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.

23- Por isso o Reino dos Céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;

24- E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;

25- E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.

26- Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

27- Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

28- Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.

29- Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

30- Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.

31- Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.

32- Então o senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.

33- Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

34- E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia.

35- Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

Introdução

Presente somente no Evangelho de Mateus, a parábola do credor incompassivo nos apresenta uma mensagem necessária às igrejas e pessoas em todo o tempo. Abordando diretamente a questão do perdão do homem para com seu semelhante, essa narrativa também faz um alerta a todos os seguidores de Cristo, daquele e deste tempo. O juízo divino existe, e será voltado a todo aquele que se negar a conceder o perdão.

1. Interpretação da Parábola

Respondendo uma pergunta de Pedro, Jesus começa a contar aos seus discípulos a referida parábola. A fala do Mestre estava direcionada aos Seus seguidores, aqueles que já haviam experimentado o Seu Reino.

Na tradição judaica, o costume era se perdoar apenas três vezes uma pessoa. Mas nesse momento, Cristo enfatiza que O seguir significa ter um coração pronto a perdoar.

1.1. A Dívida do Servo.

A narrativa formulada por Jesus fala sobre um rei e seus servos. um destes servos tem para com o rei uma alta dívida: dez mil talentos. Para aquele homem, em sua época e circunstância normais, o valor era impagável.

Para melhor compreensão, consideramos o que Snodgrass fala a respeito: "Um 'talento' é uma medida de peso em ouro, prata ou cobre. Ele variava, mas oscilava entre 27 e 41kg. Dez mil talentos não seriam menos do que 270 toneladas de metal. Dependendo do tipo de metal utilizado, um talento era equivalente a cerca de 6.000 denários e, à base de um denário por dia (cf. Mateus 20:2), um trabalhador precisaria de 164.000 anos para quitar a dívida!"

O objetivo de Jesus ao mencionar um valor tão alto era mostrar que o perdão nada tem a ver com números, mas sim com conduta. A lição para os discípulos de Cristo de antes, e os de agora, é que a compaixão e a misericórdia divina são ilimitadas.

Jesus mostra que o perdão deve ser uma atitude constante para os membros de Seu Reino. Ele não quer de nós nenhum cálculo espiritual, mas sim um entendimento. Da mesma maneira que aquele servo não tinha como pagar ao rei, nós não temos como pagar o favor e a misericórdia divina. Contudo, Deus está sempre disposto a nos perdoar e derramar sobre nós suas infinitas misericórdias.

1.2. O Rei.

As parábolas rabínicas costumam comparar Deus a um rei. Porém, não há nenhuma evidência que comprove ser este o caso da parábola em questão. As ações do rei na parábola podem gerar algum desconforto; portanto, é necessário a análise dos pormenores:

a) Deus não precisa de informantes para saber sobre as falhas de Seu povo.

b) Deus não tem torturadores.

c) O perdão que o rei dá ao servo pode representar o perdão de Deus aos pecadores.

d) O comportamento do rei em nada representa o comportamento de Deus. A parábola faz analogia e não um retrato das ações de ambos.

A parte da parábola que relata a "entrega de um servo aos torturadores" nos faz um alerta para que consideremos o juízo divino. O objetivo é enfatizar a seriedade de não agirmos com misericórdia.

2. Cristo nos perdoou primeiro

Ao estudarmos a referida parábola, somos confrontados com nossa enorme dívida: o pecado. E, ao mesmo tempo, com o gracioso perdão que foi dispensado a nós pelo nosso Deus. É primordial compreender que a misericórdia de Deus nos trouxe o Seu perdão sem medida, e que este ato deve ser imitado (Efésios 5:1-2).

O perdão é uma questão de sobrevivência espiritual (Marcos 11:6), pois compaixão e misericórdia são características essenciais para uma vida cristã verdadeira. Cristo não mediu ou calculou o tamanho dos nossos pecados; Ele nos concedeu abundante perdão mediante nosso arrependimento. É com esse caráter que precisamos agir.

3. Perdoar é necessário

Quanto mais perto de Deus estamos mais nos enxergamos como pecadores e ainda mais entendemos o tamanho do perdão que recebemos.

Perdoamos porque temos nova vida, novo caráter e uma nova mente (Colossenses 3:12-13). Na oração que Cristo ensinou aos discípulos, Ele disse: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Como pedir perdão se não conseguimos perdoar?

3.1. O perigo das contendas.

As contendas têm sido há muito tempo um problema para a igreja de Cristo. É algo grave, porque leva ao rancor e ao tropeço, e nos impede de progredir no caminho da santidade.

O perdão não condecido e os assuntos mal resolvidos nos levam a adoecer espiritual e fisicamente. Davi escreveu: "Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos" (Salmos 32:3). A afirmação do salmista pode referir-se ao desconforto que os seus pecados lhe causavam.

Emoções descontroladas, problemas não resolvidos e pensamentos negativos podem causar doenças psicossomáticas que são desde desordens emocionais e sentimentais até problemas psiquiátricos mais graves. A consciência pesada, por exemplo, torna-se uma prisão (Provérbios 28:13). Nestes casos, vemos o perdão e a confissão como uma porta de entrada para a cura.

3.2. Alerta.

Precisamos ser espelhos da misericórdia de Deus, e ela não tem limites. Nas Escrituras Sagradas, a ênfase na misericórdia divina não anula a realidade do juízo divino. Todos que recebem o perdão de Deus precisam reproduzí-lo. O aviso é claro (Mateus 6:15).

Conclusão

Se aceitarmos a doutrina do perdão apenas superficialmente e não mudarmos realmente nossa vida, se continuarmos com um coração duro, se abrigarmos em nós a ira e a contenda, Deus exigirá de nós uma prestação de contas.

Deus nos convoca a perdoar como Ele. Devemos agir com o próximo, com a mesma misericórdia que almejamos para nossa vida (Mateus 5:7). O perdão é um ato de amor, e aqueles que o concedem sinceramente mostram que são cheios do amor de Deus. Que nossos olhos sejam cheios de misericórdia e que nossos atos de perdão sejam ilimitados.

 

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Landerson Bruno

E-mail: landersonbruno@gmail.com

Macaé - RJ - Brasil