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::: Lição 04 - Dia 28 de Abril de 2024 :::

Inabalável na Fé

Texto Áureo

“De tarde e de manhã e ao meio-dia orarei; e clamarei, e Ele ouvirá a minha voz.” (Salmos 55:17)

Verdade Prática

Cristo deseja que tenhamos intimidade com Ele, por meio de um relacionamento sincero e consistente, isso através da oração. Nenhum relacionamento profundo e duradouro é construído sem que haja comunicação.

Objetivos da Lição

Expor os efeitos da insistência.

Destacar o poder da oração.

Mostrar a intenção das repetições e das vãs repetições.

Leitura Semanal

Segunda-Feira | Lucas 18:1 | Não desfalecer

Terça-Feira | Romanos 12:12 | Persevere na oração

Quarta-Feira | Efésios 6:18 | Orem no Espírito

Quinta-Feira | Colossenses 4:2 | Dedique-se à oração

Sexta-Feira | 1 Timóteo 2:8 | Ore em todo lugar

Sábado | Filipenses 4:6 | Ore com o coração

Hinos Sugeridos

459 e 107 da Harpa Cristã

Motivo de Oração

Ore para que nossa fé e esperança não esmoreçam.

Esquema da Lição

Introdução

1- Interpretação da Parábola

2- O juiz

3- A viúva

4- O poder da oração

Conclusão

Leitura Bíblica em Classe

Lucas 18:1-8

1- E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer;

2- Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.

3- Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.

4- E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,

5- Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.

6- E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.

7- E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?

8- Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

Introdução

Veremos na parábola do juiz iníquo, relatada por Lucas, a incrível habilidade de Jesus de criar imagens vívidas com o mínimo de palavras. Nos é contada a história de uma mulher simples, uma viúva que não desiste de buscar justiça, apesar de seu caso se deparar com um juiz vil e indiferente. Há na parábola uma exortação para orarmos mais, termos uma vida cristã fiel e aguardarmos com perseverança a intervenção divina.

1. Interpretação

A categoria desta parábola não está clara, entretanto, o que podemos observar é que se trata de uma narrativa que funciona como um contraste; ou seja, mostra a diferença entre os elementos. Nesta narrativa vemos um chamado ao discernimento, uma defesa da fé, da oração e da justiça.

A parábola segue imediatamente após um breve discurso sobre a “segunda vinda” (Lucas 17:22-37), um tema escatológico, oferecendo conclusão ao referido discurso.

Uma característica marcante desta parábola, é ser precedida, intencionalmente, de uma explicação. O propósito era um alerta aos discípulos, que deveriam orar sempre sem esmorecer. No contexto do Novo Testamento, podemos compreender o uso das palavras “esmorecer” e “desfalecer” como um incentivo a suportar as perseguições do fim dos tempos; como orienta Paulo à igreja de Éfeso (Efésios 3:13).

2. O juiz

Muitos comentaristas ao analisar a estrutura jurídica do judaísmo, compreendem a existência de dois tribunais: um judaico e outro gentílico. Acreditamos que a parábola se refere a um juiz gentílico, possivelmente nomeado por Roma. Observamos isso, através da seguinte declaração: “não temia a Deus nem respeitava os homens” (Lucas 18:2). Tratava-se de alguém que não mostrava nenhum respeito por Deus, nem por Sua vontade e nem por Sua Lei. Ele distorcia princípios e diretrizes que, outrora no Antigo Testamento foram estabelecidos por Josafá (quando escolhe juízes para a Terra / 2 Crônicas 19:4-6).

2.1. O contraste.

A figura do juiz iníquo é um contraste ao Justo Juiz, nosso Deus. O juiz cedeu ao pedido da viúva, só por egoísmo, para se esquivar da contínua importunação causada por ela. Já a atitude de Deus, nosso Supremo Juiz, é o oposto, pois usa de infinita misericórdia com os que O procuram.

Usemos para reflexão o questionamento de MacArthur: “Se um magistrado tão depravado pode ser coagido por mera persistência, a conceder justiça a uma viúva pela qual ele não se importa, acaso Deus não fará justiça aos Seus escolhidos que clamam a Ele dia e noite?”.

3. A viúva

Como observa Bailey: “no Antigo Testamento, a viúva é um símbolo típico dos inocentes, impotentes e oprimidos”. Nos escritos veterotestamentários, podemos ver diversas passagens que mostram a súplica das viúvas e a inclinação de Deus em defendê-las (Deuteronômio 24:17; Zacarias 7:10; Provérbios 15:25).

Naquela cultura, os tribunais eram um domínio masculino, uma mulher jamais teria apelado a um juiz caso houvesse um homem em sua vida para fazê-lo. Pobre, vítima de alguma injustiça ou opressão, a viúva da parábola tem como único recurso buscar retificação nos tribunais. Facilmente reconhecidas por suas vestimentas típicas (Gênesis 38:14,19), muitas delas não eram idosas, pois casaram-se muito jovens.

As viúvas ficavam sem nenhum tipo de sustento, sem ter direito de herdar os bens de seu marida, caso houvesse, elas tinham difíceis opções: ficar na casa da família de seu marido, assumindo uma posição quase servil ou voltar para a casa de sua família, devolvendo o dinheiro gasto nas negociações de seu casamento. A situação delas era inegavelmente miserável, podendo até chegar à escravidão.

4. O poder da oração

A oração move o braço do Onipotente. Em qualquer situação podemos recorrer ao nosso Senhor, Ele jamais repele alguém que a Ele se dirige com um coração contrito, Ele ouvirá até o mais débil ser humano.

O perigo que nos cerca é o desânimo, oriundo da constante tentação e/ou prova, nos fazendo deixar de perseverar em oração.

4.1. A demora.

Por vezes, podemos considerar que Deus está demorando para cumprir determinadas coisas. Mas, o tempo de Deus é perfeito, não há atrasos (Gálatas 4:4), não pode ser medido ou cronometrado, mas atua na nossa história consoante à Sua vontade.

Se sentirmos que “Deus está atrasado”, devemos focar na fé e na confiança que o Senhor age no momento perfeito, nem antes, nem depois. O tempo da espera pode ser também o tempo em que seremos lapidados e aprimorados no caráter de Cristo.

4.2. Vãs repetições.

É necessário enfatizar a diferença entre: perseverar em oração e usar vãs repetições.

Podemos caracterizar vãs repetições como uma série de palavras recorrentes e decoradas, ao invés de uma oração sincera. Deus, a quem oramos, Onipotente e Onisciente não se deixará influenciar pela extensão ou pelo vocabulário rebuscado das nossas orações, mas por um coração contrito e quebrantado.

Perseverar em oração é o mesmo que não permitir que nada nos impeça de orar. Para tanto, precisamos definir prioridades para a nossa vida, definir nosso tempo de oração como um compromisso inegociável. A oração perseverante também é cheia de gratidão (Filipenses 4:6), isso revela uma fé firmada em Deus. É muito fácil limitar nossa oração apenas aos pedidos e às queixas, em vez de agradecer e louvar a Ele. Esse tempo com o Pai será de grande bênção para nós e também ficará visível para outras pessoas devido à mudança em nossa postura e segurança em Deus.

Conclusão

Esta parábola nos apresenta o caráter de Deus: misericordioso, paciente e ávido em ajudar. Nos aponta a necessidade de estarmos vigilantes para o juízo e a justiça que virá de Deus. E, finalmente, nos ensina que o clamor incessante nos fortalece no dia mal e nos dá sensibilidade para sermos gratos. Aprendemos que temos um Pai que deseja ouvir a nossa voz, Ele quer construir um relacionamento sincero e profundo conosco, seus filhos.

 

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Landerson Bruno

E-mail: landersonbruno@gmail.com

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